| História da Arte |
Associado principalmente com os seus abajures de mesa, luminárias e lustres, o talento e as energias sem fim de Louis Confort Tiffany, levaram-no a muitas áreas dentro das artes decorativas, incluindo-se janelas, luminárias, vasos esmaltados, cerâmicas, bronzes, objetos de bom gosto( "fancy goods"), peças de joalheria, pinturas e mosaicos. Os objetos manufaturados nos Studios da Tiffany são dos mais elevados níveis artísticos e técnicos e foram produzidos em uma grande variedade de formas e desenhos, incorporando uma mistura de materiais como o bronze, o mosaico, o esmalte e o vidro.
O nome de Louis Confort Tiffany (1848-1933) é freqüentemente associado com aquele de Tiffany & Co., a empresa fundada por sei pai, Charles Lewis Tiffany (1812-1902). A empresa, desde sua fundação em 1837, é o comércio varejista de bens luxuosos mais ilustre da América. Embora o pai esperasse que Louis o suceda no comando da empresa, o interesse adiantado do filho na pintura e na arte em geral o levou para outros campos do esforço artístico.
Em 1879, por sugestão de Whessler de Candance, se juntou a Samuel Colman e Lockwood de Forest e criou uma empresa com o objetivo de aliar o idealismo estético à prática do projeto de interiores. Impelido pela liderança e pelo talento crescente de Louis Confort Tiffany, assim como pelo capital investido e as conexões de Charles Tiffany, a empresa e os artistas americanos associados a ela prosperam até 1885, quando entra em decadência. Louis então resolve se concentrar na arte do vidro, estabelecendo seu novo negócio neste mesmo ano.
Louis Tiffany tinha começado realmente suas experiências com vidro (em especial o opalescente) entre 1875 e 1878, quando trabalhava nas glasshouses em Brooklin. A primeiras patentes de Tiffany datam de 1880-81. Em dezembro de 1885 incorporou a Companhia de Vidro Tiffany, que mais tarde, em 1900, se tornou conhecida como Studio Tiffany tendo introduzido o nome Fravile para descrever genericamente sua produção.
Os abajures fabricados por Tiffany foram feitos em duas seções: a base com a haste, e a máscara. As máscaras consistem em um todo onde se intercalam favriles de vidro em uma estrutura de bronze de formas irregulares, com a decoração inspirada freqüentemente por motivos orgânicos e naturalistas. As libélulas são comuns, como o são os motivos do renascimento, os zodiacais, os de bambu e os medievais. As bases são de bronze e incorporam às vezes o trabalho de telha ou de mosaico. A máscara pode refletir o projeto, como por exemplo a beira irregular que realça o efeito orgânico da árvore com baixos relevos e motivos florais. Sendo feitas à mão, nenhuma das máscaras é idêntica.
Além de abajures, lustres e luminárias, o Studio Tiffany também produziu grande variedade de peças. Desenvolveu e utilizou novos métodos de vidraria. Evitou a decoração de superfície, preferindo fazer uma integrada no corpo da peça. Todas as partes das peças Tiffany são marcadas, geralmente com as iniciais "LCT" em letras pequenas e algumas partes maiores carregam o nome cheio, talvez com um número de referência. Algumas têm etiquetas de papel originais. As cúpulas dos abajures podem apresentar marcas com uma almofada de bronze. É bom lembrar que o nome ou as iniciais foi cortado ou gravado no vidro por trabalhadores, e varia no tamanho e no estilo de acordo com quem fez o trabalho.
Por vinte anos os preços dos objetos dos Studios Tifany se mantiveram estáveis no mercado artístico, principalmente graças às casas de leilões, que tiveram um papel importante no estabelecimento dos preços. Os leilões, tradicionalmente locais de comerciantes, começaram a atrair colecionadores privados nos anos 70. A prosperidade econômica na década de 1980, que gerou altos investimentos em Wall Street, explodiu no mundo das artes e elevou as vendas de leilão ao frenesi. Os preços espetaculares das luminárias Tiffany, gerados em parte pelos compradores estrangeiros, eram evidentes tanto nos leilões como através dos comerciantes de arte. Grande interesse dos compradores japoneses puxou os preços dos objetos da Tiffany a níveis nunca antes imaginados.
Embora o mercado presenciasse um declínio rápido no final de 1990, já os preços caíram tão depressa como subiram, mas se estabilizou em dois anos. Em 1992, a Shotheby´s de New York vendeu uma peça especial (glass and mosaic lamp) por US$ 770.000 (L 513,300), estabelecendo novo recorde mundial em leilão. Este recorde só foi quebrado em abril de 1995, quando um único modelo, um abajur Virgínia Creeper foi vendido na Sotheby´s NY por US$ 1,1 milhão (L 733,300), o primeiro abajur a quebrar a barreira de um milhão de dólares em leilão público. Um importante abajur Cobweb (teia de aranha) foi vendido no mesmo ano por US$ 783,500, o segundo maior preço por um abajur.
Colecionadores do mundo inteiro continuam interessados em adquirir lustres com motivos florais, como o da peônia, criando um sólido mercado. Alguns dos mais desejados abajures e luminárias, como magnólia, wisteria, laburnum, oriental poppy, etc raramente perdem seu valor, ao contrário, aumentam significativamente. São peças raras, difíceis de encontrar no mercado.
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