Biografia |
Nascido em Belém do Pará, em 13 de agosto de 1939, o artista plástico Urian Agria de Souza viveu até os quinze anos imerso no universo mítico da Amazônia, inserido nos mistérios da floresta e banhado pelas águas da Baia de Guajará.
Seu avô paterno comandava os navios que trafegavam pelo rio Amazonas, de Belém até Iquitos no Peru. Sua volta incluía muitas histórias e uma imensidão de iguarias típicas da Amazônia. Foi naquele ambiente que fez a sua iniciação à leitura e à escrita, sob a batuta de uma tia com nome de sereia - Nereida.
O outro ramo da família era formado por alfaiates e costureiras. Na convivência com eles aconteceu a iniciação à pintura durante os serões na alfaiataria, ainda muito criança.
Nos anos 80/90 foi professor de desenho e pintura na PUC/ Rio.
Como um peregrino, atravessou inúmeras vezes os estados de Minas, Bahia, Ceará e Pernambuco. Em 1972, fez o percurso navegável do rio São Francisco, que designa como a grande viagem da sua vida.
Ainda em Belém, por muitas razões, teve contato com a cultura pernambucana. Principalmente, o frevo. Na Copa do Mundo de 1950, através de um álbum de figurinhas com todos os times do Brasil, descobriu o Clube Náutico Capibaribe, nome que soou aos seus ouvidos como um poema e se mantém até hoje.
Há quinze anos, Urian está morando no Recife e "por coincidência" nessa cidade está emergindo sua consciência poética na escrita. Seu livro A cor da palavra foi premiado no concurso de literatura infantil e juvenil da CEPE e em breve será lançado.
Há doze anos nos encontramos e permanecemos juntos, às vezes nos estranhamos, mas sempre confabulamos, rimos muito, inclusive de nós mesmos. Desde o primeiro dia descobrimos um sem número de interesses comuns na cultura, o que alimenta os nossos compartilhamentos e os trabalhos de criação.
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