Biografia |
TARSILA do Amaral
(1886, Capivari, SP - 1973, São Paulo, SP)
Em São Paulo, estudou com Pedro Alexandrino (1917) e com Georg Fischer Elpons (1920). Em 1920 viajou para Paris, onde estudou na Academia Julian e freqüentou os ateliês de André Lhote, Fernand Léger e Albert Gleizes. Em 1922 pintou os retratos de Mário e Oswald de Andrade, em São Paulo. Em 1923, pintou em Paris a tela A negra. A partir daí começou a participar ativamente do movimento modernista, juntamente com Oswald, com quem se casou em 1926. Em 1928, pintou Abaporu, tela batizada por Oswald e pelo poeta Raul Bopp, segundo indicação de Mário da Silva Brito e de Aracy Amaral. O Abaporu, que tanta celeuma causou em 1995, nos anos 20 serviu de inspiração ao movimento antropofágico, marco do modernismo brasileiro. Em 1950, Sergio Milliet organizou retrospectiva da artista no Museu de Arte Moderna de São Paulo. Tarsila participou também da I Bienal de São Paulo, em 1951. Em 1964, participou da Bienal de Veneza e em 1969 o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro inaugurou uma grande exposição de sua obra: 50 Anos de Pintura. Na introdução do livro Tarsila: sua obra e seu tempo, escreveu Aracy Amaral: "Dizer Tarsila até agora é visualizar um tipo de pintura bem intimista, bem construída, numa estilização bem casada com o colorido muito brasileiro do casario, da paisagem, dos temas da vida rural ou da cidade grande dos anos 20 em São Paulo." Em 1995, em São Paulo, a Galeria Arte do Brasil realizou uma coletiva chamada Filhos do Abaporu, em homenagem à artista. De 29 de setembro a 30 de novembro de 1997, a Galeria de Arte do Sesi, também em São Paulo, realizou a mostra Tarsila: Anos 20, com curadoria de Sônia Salsztein e consultoria de Aracy Amaral.
Referências: Pintores e pinturas (Martins, 1940), O sal da heresia: novos ensaios de literatura e arte (São Paulo: Departamento de Cultura, 1941) e Pintura quase sempre (Globo, 1944), de Sergio Milliet; Movimentos modernistas no Brasil (Livraria São José, 1966), de Raul Bopp; Ângulo e horizonte: de Oswald de Andrade à ficção científica (Martins, 1969), de Mário da Silva Brito; Tarsila: sua obra e seu tempo (Perspectiva/Edusp, 1975) e Tarsila do Amaral (Finambrás, 1998), de Aracy Amaral; Retrospectiva (Cultrix/Edusp, 1975), de Geraldo Ferraz; Os Andrades e outros aspectos do Modernismo (Civilização Brasileira, 1975), de Joaquim Inojosa; De Anita ao museu (Perspectiva, 1976), de Paulo Mendes de Almeida; Cinco mestres brasileiros: pintores construtivistas (Kosmos, 1977), de Roberto Pontual; História da inteligência brasileira (Cultrix/Edusp, v. 6, 1978), de Wilson Martins; A querela do Brasil: a questão da identidade da arte brasileira: a obra de Tarsila, Di Cavalcanti e Portinari: 1922-1945 (Funarte, 1982; 2.ª edição Relume Dumará, 1997), de Carlos Zilio; Tarsila do Amaral: a musa radiante (Brasiliense, 1983), de Nádia Battella Gotlib; História geral da arte no Brasil (Instituto Walther Moreira Salles/Fundação Djalma Guimarães, 1983), coordenação de Walter Zanini; Arte brasileira (Colorama, 1985), de Walmir Ayala; Dacoleção: os caminhos da arte brasileira (Júlio Bogoricin Imóveis, 1986), de Frederico Morais; Entre dois séculos: arte brasileira do século XX na coleção Gilberto Chateaubriand (JB, 1987), de Roberto Pontual; 150 anos de pintura no Brasil: 1820/1970 (Ilustrado pela coleção Sergio Fadel, Colorama, 1989), de Donato Mello Júnior, Ferreira Gullar e outros; Harry Laus: artes plásticas (Centro Cultural Harry Laus, 1996), organização de Ruth Laus; Tarsila: anos 20 (Sesi, 1997), organização de Sônia Salsztein; Arte na América Latina (Cosac & Naify, 1997), de Dawn Ades; Pintura brasileira do século XX: trajetórias relevantes (4 Estações, 1998), de Olívio Tavares de Araújo; Tarsila: a modernista (Senac, 1998), de Nádia Battella Gotlib; Pintura latinoamericana (Fundação Finambrás, 1999), textos de Aracy Amaral, Roberto Amigo e outros; Correspondência Mário de Andrade & Tarsila do Amaral (Edusp, 2001) e Tarsila cronista (
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