| Biografia |
Chagall, Marc
Vitebsk, Bielo Rússia, 1887
Saint-Paul-de Vence, França, 1985
Entre 1906 e 1910, estudou na Academia de São Petersburgo. De 1910 a 1914 permaneceu em Paris, estabelecendo contatos com artistas e escritores de vanguarda como Apollinaire, Delaunay, Blaise Cendrars, Max Jacob e Amedeo Modigliani, entre outros. Em 1912, expôs com os artistas independentes e também foi convidado pelos expressionistas para as exposições em Berlim. Voltou à Rússia e expôs seus trabalhos com sucesso em São Petersburgo, em 1914. Nessa época, conseguiu sobreviver à guerra trabalhando no Departamento de Economia de Guerra e chegou mesmo a ressurgir, após a Revolução de Outubro de 1917, como comissário de arte em Vitebsk. Após essa experiência, fez carreira trabalhando em escolas de arte. Em Moscou, durante o ano de 1920, iniciou atividade como decorador e figurinista do Teatro Estatal Judeu. Voltou a Paris em 1922, onde ilustrou a edição das fábulas de La Fontaine. Em seguida, viajou para a Palestina e Polônia, realizando ilustrações bíblicas. Com os acontecimentos da Segunda Guerra Mundial, dirigiu-se para os Estados Unidos, onde continuou desenhando figurinos e cenários para o balé de Tchaikovski. Em 1946, de volta a Paris, conseguiu expor suas obras individualmente e levá-las para Amsterdã e Londres. Nessa época surgiram suas primeiras peças de cerâmica, produto das viagens que fez à Grécia e Israel. Em 1962, realizou conjunto monumental de doze vitrais, simbolizando as tribos de Jerusalém. No ano de 1964, em Paris, foi contratado para pintar os afrescos da abóbada do teatro da Ópera, de uma das salas do Louvre e para desenhar os vitrais das catedrais de Reims e de Zurique. Chagall evocou constantemente as lembranças de sua terra natal, representando temas como o nascimento, casamento e morte. Para ele o mundo comporta projeções sobre o passado e o futuro; personagens que escapam à lei da gravidade e buscam liberdade.
Maria Ângela Serri Francoio/Mac
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