Biografia |
Podemos considerar o termo (MAMA) e suas aplicações como criações produzidas no âmago
das antigas sociedades mediterrâneas, atentemos no entanto para a sua aderência e seus percurso durante os diversos acontecimentos subsequentes a difusão desses mesmos modelos e diretrizes tais quais familiarizamos como essenciais a maternidade. É sintomática a implementação da figura retratada de Maria (Mãe de Jesus) que possui unicamente a função ilustrar esses preceitos dogmáticos em quanto cicatrizes, pelas quais esmiuçarei no mito da Medusa.
A não abdicação de si em quanto singularidade é afirmada como profanação e fundamenta o poder/dever de aferir punições em particular a exclusão pela culpa, tornou se uma espécie de rito de
passagem, correlações diretas as que nos deparamos no mito da Medusa, simultaneamente barreira e umbral entre o reino dos mortos e o mundo dos vivos.
Não há mais limites entre os corpos e os espaços ou criatura e criador, a ação de dar de si no ato da amamentação se entrelaça com a perda da individualidade desdobra ciclicamente no arco narrativo o pós materialismo, o abjeto é produto das construções sociais desenvolvidas durantes as últimas revoluções industriais e delas fazemos parte e estamos totalmente integrados, a figura materna teve diversas modificações durante esses processos de reconstrução imagética e agora mais do que sempre assume suas facetas inter- relacionais, se propondo a ser combustíveis para nossas construções simbólicas.
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