| Biografia |
Borges, J.
Bezerros, PE, Brasil, 1935
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J. Borges, como artista, costuma assinar seus trabalhos, é filho de agricultores e, quando menino, ajudava seu pai a trabalhar na terra.
Fascinado pela literatura de Cordel, aprendeu a ler com os folhetos e aos 29 anos publicou sua primeira história - O Encontro de dois Vaqueiros no Sertão de Petrolina. Embora não tenha sido ilustrada por ele, foi a concretização de um sonho do artista. Incentivado a escrever e diante da dificuldade de encontrar ilustradores, resolve sulcar um pedaço de madeira e imprimir sua primeira xilogravura, ilustrando seu segundo folheto, O Verdadeiro Aviso de Frei Damião sobre os Castigos que Vêm, e assim, inicia um caminho de gravador e ilustrador.
Em meados da década de 1970 seu trabalho plástico chegou às mãos do escritor, dramaturgo e professor Ariano Suassuna, que passou a chamá-lo de "o melhor gravador popular do Nordeste".
Apesar das dificuldades, jamais abandonou o seu interesse pelos folhetos de literatura de cordel, vendidos nas feiras do sertão nordestino. Hoje é sabido que a literatura de cordel está sendo reconhecida como um dos aspectos mais importantes da cultura brasileira. J. Borges está envolvido na luta para essa valorização e para manter a sua Gráfica Borges, apesar do alto custo do maquinário e do material.
Desde 1955, escreveu e ilustrou mais de 150 livros de cordel. Entre aqueles que publicou destaca-se Poesia e Gravura. Ilustrou também livros e capas de discos, dos quais vale destacar Palavras Andantes, do escritor e jornalista uruguaio Eduardo Galeano.
Exposições de suas obras e oficinas ministradas pelo artista já percorreram diversos países europeus e sul-americanos. Em 2002, suas obras estiveram expostas em três museus de Nova York.
Maria Ângela Serri Francoio/Mac
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