Artista Anna Mariani - Anna Helena Mariani Bittencourt
Biografia Biografia
Anna Helena Mariani Bittencourt (Rio de Janeiro RJ 1935). Fotógrafa. Estuda fotografia com Claude Kubrusly, Cristiano Mascaro (1944- ) e Maureen Bisilliat (1931- ). A partir da década de 1970, viaja ao Recôncavo Baiano e documenta a paisagem, as manifestações culturais e o trabalho feminino em atividades tradicionais. Torna-se conhecida principalmente pelas fotografias de fachadas e detalhes da arquitetura de habitações populares, que realiza desde 1976, ao publicar os livros Pinturas e Platibanda, em 1987, e Façades, em 1988. Suas fotografias apresentam as fachadas sempre em um ângulo frontal, sem a presença do elemento humano e sem a interferência da paisagem. Em 1992, publica Paisagens, Impressões - O Semi-Árido Brasileiro, no qual reúne fotografias de paisagens nordestinas realizadas ao longo de três décadas, que registram a escassez de recursos e também a diversidade de formas da vegetação e das paisagens desses lugares.



Atualizado em 08/06/2010




Exposições Individuais

1974 - São Paulo SP - Mulheres, Casa de Farinha e Piaçava, Galeria Enfoco

1979 - São Paulo SP - Jornada a Brejões, Galeria Espaço Novo

1984 - São Paulo SP - Caatinga, Galeria Arco

1988 - Paris (França) - Des Maisons comme des Tableaux: Habitat populaire du Nordeste au Bresil, no Centre Georges Pompidou. Musée National d´Art Moderne. Centre de Création Industrielle

1988 - Paris (França) - Façades, Galerie FNAC

1989 - Helsinque (Finlândia) - Bahian Talot, Suomen Rakennustaiteen Museo

1990 - Arhus (Dinamarca) - Facader, Arkitektskolen Aarhus

1990 - Berlim (Alemanha) - Fassaden, Haus der Kulturen der Welt

1990 - Copenhague (Dinamarca) - Facader, Charlottenborg Udstillingsbygning

1990 - Stuttgart (Alemanha) - Fassaden: Nordost-Brasilien, Institut fur Auslandsbeziehungen/Forum fur Kulturaustauch

1992 - Fortaleza CE - Paisagens, impressões: o semi-árido brasileiro

1992 - Rio de Janeiro RJ - Anna Mariani: pinturas e platibandas, Fundação Casa França-Brasil

1992 - Rio de Janeiro RJ - Paisagens, impressões: o semi-árido brasileiro, Casa do Bispo

1992 - São Paulo SP - Paisagens, impressões: o semi-árido brasileiro, MAC/USP

1993 - Poços de Caldas MG Artista Participante - Paisagens, impressões: o semi-árido brasileiro, Casa da Cultura

1993 - Salvador BA - Pinturas e Platibandas, Museu da Cidade

1993 - São Paulo SP - Pequena viagem fotográfica sob o olhar de Frans Post, da zona da mata ao sertão, Pinacoteca do Estado

1994 - Curitiba PR - Pinturas e Platibandas, PUCPR

1995 - Copenhague (Dinamarca) - Brasilianske Landskaber, Charlottenborg Udstillingsbygning

2010 - Rio de Janeiro RJ - Anna Mariani: pinturas e platibandas, Instituto Moreira Salles

2010 - São Paulo SP - Anna Mariani: pinturas e platibandas, Instituto Moreira Salles



Atualizado em 08/06/2010




Exposições Coletivas

1972 - São Paulo SP - Eucatexpo

1980 - São Paulo SP - 1ª Trienal de Fotografia, Museu de Arte Moderna - prêmio aquisição

1981 - Zurique (Suíça) - Fotografie Lateinamerika von 1860 bis Heute, Kunshaus Zürich

1985 - São Paulo SP - 1ª Quadrienal de Fotografia, MAM Ibirapuera

1987 - São Paulo SP - 19ª Bienal Internacional de São Paulo. Sala Especial Pinturas e Platibandas, Fundação Bienal

1988 - Berlim (Alemanha) - Brasilianische Kunst in Berlin, Staatliche Kunsthalle

1988 - Nova York (Estados Unidos) - Brazil Projects, P.S.1, The Institute for Art and Urban Resources, Inc.

1989 - Amsterdã (Holanda) - U-ABC, Stedelijk Museum

1989 - Londres (Reino Unido) - Colour in Context, Serpentine Gallery

1990 - Fortaleza CE - Coletiva, no Museu da Universidade do Ceará

1990 - Lisboa (Portugal) - U-ABC, Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão

1991 - Olinda PE - 1616 - Frans Post - 1991, no MAC/PE

1991 - São Paulo SP - A Mata, Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo

1993 - São Paulo SP - Fotografia Brasileira Contemporânea: anos 50 a 90, Sesc Pompéia

1994 - Londres (Reino Unido) - A hidden view: images of Bahia, Brazil, Concourse Gallery

1994 - São Paulo SP - Bienal Século XX, Fundação Bienal

1994 São Paulo SP - 4ª Coleção Pirelli/Masp de Fotografias, Museu de Arte de São Paulo

1995 - Belo Horizonte MG - Os Herdeiros da Noite: fragmentos do imaginário negro, Centro de Cultura de Belo Horizonte

1995 - Paris (França) - Forêts du Monde, Forêt des Hommes, Musée National dHistoire Naturelle

1996 - Bogotá (Colômbia) - Imagenes de Brasil. Coleção Pirelli/Masp de Fotografias, Casa do Brasil

1996 - Buenos Aires (Argentina) - Imagenes de Brasil. Coleção Pirelli/Masp de Fotografias, Museo Nacional de Bellas Artes

1996 - Caracas (Venezuela) - Imagenes de Brasil. Coleção Pirelli/Masp de Fotografias, Museo de Arte Contemporáneo de Caracas Sofía Imber

1996 - Rochester (Estados Unidos) - Margens e Sertões, audiovisual com música de Antônio Nóbrega, abertura da exposição The Thinking Photography, Rochester Institute of Technology

1996 - São Paulo SP - O Cidadão e o Corpo: a busca e reconquista dos padrões humanos de movimento, Sesc Pompéia

1996 - São Paulo SP - 4º Studio Unesp Sesc Senai de Tecnologias de Imagens, Serviço Social do Comércio

1998 - Brasília DF - Brasileiro que nem Eu, que nem Quem?, Ministério das Relações Exteriores

1999 - São Paulo SP - Brasileiro que nem Eu, que nem Quem?, Museu de Arte Brasileira. Salão Cultural

2000 - Hannover (Alemanha) - Céu do Brasil, no Pavilhão do Brasil

2000 - Rio de Janeiro RJ - O Bardi dos Artistas, Centro Cultural Correios

2000 - São Paulo SP - Brasil em branco e preto: 50 fotografias da coleção do MAM, MAMSP

2000 - São Paulo SP - O Bardi dos Artistas, Galeria Marta Traba

2002 - Rio de Janeiro RJ - Canudos, no Instituto Moreira Salles

2002 - São Paulo SP - Fotografias no Acervo do Museu de Arte Moderna de São Paulo, MAM

2004 - São Paulo SP - Canção do Dia de Sempre, Memorial da América Latina

2006 - São Paulo SP - Casas do Brasil, Museu da Casa Brasileira



Atualizado em 08/06/2010




Críticas

"As fotos de Anna Mariani representam uma feliz união entre os recursos documentais e plásticos da fotografia. Elas mostram casas humildes, mas não buscam impacto no realismo fácil. Retratam as fachadas sempre sob o mesmo ângulo - de frente -, sem interferência da paisagem ou do elemento humano e com absoluta limpidez técnica. (...) O fascínio do trabalho está, primeiro, na variedade de formas e cores que emergem ao se observar uma fotografia após a outra, numa imponente seqüência de variações sobre um mesmo tema. Segundo, na descoberta de relações surpreendentes entre a arte moderna e as casas retratadas.
As linhas elegantes do art déco, ora secas, ora sinuosas, por exemplo, podem ser encontradas em fachadas de Duas Serras, na Bahia, ou de Deumiro Gouveia, em Alagoas, em detalhes decorativos sem função prática. Em Bola, na Paraíba, e em Belo Jardim, em Pernambuco, fachadas com o geometrismo de cores vivas, uma das principais correntes da arte abstrata, fazem lembrar as obras do holandês Pieter Mondrian, um de seus nomes mais expressivos. Em diversas cidades, as bandeirinhas que há décadas servem de inspiração ao pintor Alfredo Volpi, um dos grandes nomes da arte brasileira, são reproduzidas em portas e janelas. A presença de tais elementos é inusitada se se considerar que os construtores dessas casas nunca ouviram falar no movimento art déco nem sequer sabem quem foi Mondrian ou o que faz Alfredo Volpi".

João Cândido Galvão

GAlVÂO, João Cândido. [Texto]. In.: SOUZA, Okky de. Pela porta da frente. Veja, São Paulo, no. 995, 30 set. 1987.



"São imagens originalíssimas, obtidas sobre os resultados de um ofício popular, o dos mestres de obras do interior, que resistem a qualquer classificação. (...) As fotografias não têm entorno: são basicamente gráficas.
Um trabalho que se sustenta essencialmente sobre a cor, ao tratar as fachadas de suas imagens como gravuras".

Wagner Carelli

CARELLI, Wagner. Uma arte sertaneja para além dos clichês. Folha de S. Paulo, 21 out. 1987.


"Uma brisa jamais revisita a mesma planta; a paisagem do sertão não é uniforme. Sua transformação é radical entre o período das chuvas e da serena estiagem. As fotos tentam registrar esse momento cósmico. Há, principalmente, o silêncio da eternidade nesses registros, apenas interrompido pelas maritacas estridentes dessa paisagem que Euclides da Cunha classificou de glacial em Os Sertões.
As fotos não perseguem o espetacular, mas foram reunidas para contar uma história, construir uma poética sobre o transitório".
Antonio Gonçalves Filho

GONÇALVES FILHO, Antônio. Fotógrafa segue nova trilha no Sertão. Folha de S. Paulo, 28 mai. 1992.






fonte : Itaú Cultural


Fonte .

Utilizamos cookies para oferecer melhor experiência, melhorar o desempenho, analisar como você interage em nosso site e personalizar conteúdo. Ao utilizar este site, você concorda com o uso de cookies.