| Biografia |
Alberto Martins
(1958, Santos, SP )
Vive e trabalha em São Paulo
Forma-se em Letras pela USP em 1981; mesmo ano em que inicia sua prática de gravura com Evandro Carlos Jardim, na ECA-USP. Em 1985, estuda no Pratt Graphics Center, de Nova York, e desde seu retorno ao Brasil participa de várias exposições coletivas no país e no exterior. Nos anos 90, a gravura o conduz ao relevo e à escultura que passam a figurar em suas mostras. É autor de vários livros, entre eles Goeldi: história de horizonte (1995), que recebeu o Prêmio Jabuti em sua categoria, e a novela A história dos ossos (2005), lançada no III Festival Literário Internacional de Parati, e que obteve o segundo lugar no Prêmio Portugal Telecom de Literatura Brasileira. Em 2007, a exposição Em trânsito, na Estação Pinacoteca, SP, com curadoria de Guilherme Wisnik e Marco Buti, reuniu gravuras e esculturas realizadas entre 1987 e 2007.
É representado pelo Gabinete de Arte Raquel Arnaud desde 2008.
fonte : Site SP-ARTE/2010
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Martins, Alberto (1958)
Biografia
Alberto Alexandre Martins (Santos SP 1958). Gravador, escultor, escritor e poeta. É mestre em literatura brasileira pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo - FFLCH/USP. No início da década de 1980, cursa gravura com Evandro Carlos Jardim (1935) no Departamento de Artes Plásticas da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo - ECA/USP. Em 1985, recebe bolsa de aperfeiçoamento da Capes/Fulbright, e estuda gravura em metal, xilogravura e história da arte no Pratt Graphics Center, em Nova York. Desde essa época, dedica-se à gravura em madeira, escultura e poesia, e atua como ilustrador. É autor dos livros Poemas (Duas Cidades, 1990) e Cais (Editora 34, 2002), ilustrados com gravuras de sua autoria. Dedica-se também à literatura infanto-juvenil e lança os livros Goeldi - História de Horizonte (Paulinas, 1995), pelo qual recebe o Prêmio Jabuti, e A Floresta e o Estrangeiro (Companhia das Letrinhas, 2000), poema realizado com base em guaches e aquarelas de Lasar Segall (1891 - 1957). Em 2000, conclui o doutorado em poéticas visuais pela ECA/USP com o trabalho intitulado Cais - um conjunto de desenhos, xilogravuras, esculturas e poemas que apresentam imagens realizadas com economia formal e constantemente retomadas: cascos de navios, barcos, guindastes, volumes e caixas, presentes na paisagem portuária de sua cidade natal.
Atualizado em 01/02/2006
fonte : Itaú Cultural em março/2007
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Exposição
Alberto Martins - Cais
Produzidos ao longo da última década, os poemas, relevos, gravuras e esculturas aqui apresentados partilham de uma indagação comum - a carga de forças, afetos e interações diversas que pode ser vinculada à apreensão de um lugar, de uma paisagem. Cada qual a seu modo, textos e imagens tentam cercar uma experiência que envolve um cais e uma cidade. A memória de cubos, caixas, volumes - e o que neles se encerra. Os gestos de erguer e tombar presentes no trabalho dos guindastes. Os grandes cascos dos navios, suas massas movendo-se no horizonte próximo-distante.
O conjunto parte, por um lado, da observação direta, da freqüência repetida a certos pontos - as áreas de embarque e desembarque do porto, uma colônia de pescadores em Vicente de Carvalho, a larga faixa de água que circunda a cidade, onde a paisagem quase intacta do mangue pode ser flagrada ao lado de impressionantes montanhas de containers coloridos empilhados. Por outro, da silenciosa transformação que se opera no ateliê, na passagem - tantas vezes imprevista - das anotações rápidas nos cadernos de desenho para os cortes definitivos na madeira.
Do ponto de vista plástico, gravuras e esculturas vêm confirmar a opção por uma economia gráfica trabalhada quase no limite da sugestão material, que se manifesta a partir de meados dos anos 80, quando o artista encontra na gravura em madeira os meios adequados à sua expressão. A esta linha de concisão formal vieram se somar as esculturas realizadas nos anos 90 - de início, peças em que as formas eram obtidas por meio de cortes mecânicos (serras elétricas manuais, serras de fita, motosserras) e posteriormente pintadas de negro, de que os relevos nesta exposição são exemplo. O conjunto de esculturas seguinte, aqui representado, parece conversar, de maneira não linear, com as gravuras de cais, cascos e navios. Por meio de cortes, encaixes, penetrações e deslocamentos, a madeira e o ferro vêm propor uma série de movimentos que, ostensivos ou discretos, realizamos na vida real e que, de algum modo, estão figurados também nos movimentos dos navios e do cais, na hora da atracação.
Alberto Martins
Santos, 1958
Formação
Doutorado em Poéticas Visuais na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo
Mestrado em Literatura Brasileira pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo
Bacharelado em Literatura Brasileira pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo
Exposições Individuais
2000 - Centro Universitário Maria Antonia - São Paulo
Museu de Pesca - Santos
1999 - Chácara do Céu - Museus Castro Maya - Rio de Janeiro
1996 - Instituto Cultural Moreira Salles - Espaço Higienópolis - São Paulo
1995 - Instituto Cultural Moreira Salles - Poços de Caldas
1990 - Centro Cultural São Paulo - São Paulo
1988 - Museu Rio-Pardense - São José do Rio Pardo
Exposições Coletivas Recentes
1999 - Uma roça, um oásis: o ateliê de gravura do Museu Lasar Segall - São Paulo
Simpósio Paisagem - Fundação Armando Álvares Penteado - São Paulo
Mostra Rio - Gravuras - Rio de Janeiro
Coletiva - Galeria A Gravura Brasileira - São Paulo
1998 - Coletiva 34 - Galeria Adriana Penteado - São Paulo
25º Salão de Artes de Belo Horizonte - Belo Horizonte
1997 - Quali Differenze II (exposição itinerante) - Brera, Itália e São Paulo
1996 - Jardim de Esculturas ao Ar Livre - Centro Cultural São Paulo - São Paulo
1995 - Goeldi e Nosso Tempo - Museu de Arte Brasileira da Fundação Armando Álvares Penteado - São Paulo
Gravura Paulista - Galeria São Paulo - São Paulo
1994 - Anos 90: A Gravura Contínua - Centro Cultural São Paulo - São Paulo
Gravura Paulista - Galeria Rubem Valentim - Brasília
Poéticas Paulistanas - Citybank - São Paulo
Xilogravura: do cordel à galeria - Museu de Arte de São Paulo - São Paulo
I Bienal de Gravura de São José dos Campos (Sala especial) - São José dos Campos
1993 - The First International Print Biennial Maastricht - Maastricht, Holanda
IV Bienal de Artes Plásticas de Santos - Santos
Mostra do Ateliê Experimental de Gravura Francesc Domingo - Museu da Gravura Cidade de Curitiba - Curitiba
Gravuras - Museu de Arte de Ribeirão Preto - Ribeirão Preto
1992 - Arte da Gravura - Sesc Pompéia - São Paulo
Mostra Brasil - Mostra América de Gravura - Curitiba (Prêmio Aquisição)
Publicações Individuais em Livros
Poemas. Coleção Claro Enigma, Ed. Duas Cidades, São Paulo, 1990.
Goeldi - História de horizonte. Editora Paulinas/MAC-USP, São Paulo, 1995. (Prêmio Jabuti 1996)
Charbonneau - Ensaio e retrato. Editora Scipione, São Paulo, 1997.
A floresta e o estrangeiro - poema realizado a partir de guaches e aquarelas de Lasar Segall. Companhia das Letrinhas/Museu Lasar Segall, São Paulo, 2000.
Cais (poemas). Editora 34, São Paulo, 2002.
fonte : http://www.pinacoteca.unisanta.br/portugues/exposicoes2002/albertomartins.htm (em 2020)
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